
Em uma ação inédita no Município, Museu Visconde de Guarapuava encerra exposição artística com Feira do Produtor
25/09/2023
Com o tema “Alimentação e Diversidade: os idosos como sujeitos sociais e construtores da história”, a exposição “Lembranças de outrora: velhice, memórias e sociabilidades”, é resultado do trabalho de um grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de História da Unicentro.
No último sábado, 23 de setembro, primeiro dia da primavera no Hemisfério Sul, o Museu de Guarapuava encerrou a 17ª edição da exposição Primavera dos Museus. O evento, que é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibam), foi organizado no Município pela Secretaria de Cultura, com o apoio da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e da Secretaria Municipal de Agricultura.
A abertura da exposição foi na segunda-feira, 18 de setembro e recebeu a visita de centenas de pessoas de Guarapuava e de outras cidades da região.
Com o tema “Alimentação e Diversidade: os idosos como sujeitos sociais e construtores da história”, a exposição “Lembranças de outrora: velhice, memórias e sociabilidades”, é resultado do trabalho de um grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de História da Unicentro.
“É claro que nosso Museu Visconde de Guarapuava não ficaria de fora. Pela primeira vez, uma exposição firmou uma parceria com a Secretaria de Agricultura, para trazer ao público uma feira do produtor em frente ao nosso espaço museológico. Desta forma, tivemos todo espaço e oportunidade para tratarmos de uma coisa fundamental que é a história e a cultura por trás da nossa alimentação”, comentou a secretária de Cultura do Município, Rita Felchak.
Para o secretário de Agricultura da Guarapuava, Itacir Vezzaro, a parceria foi surpreendente e abriu caminho para novos trabalhos, sempre com o objetivo de unir a população e repassar valores e ideais que se perpetuam por gerações.
“Foi uma parceria surpreendente e de muito sucesso. Unir a cultura, a arte e a história com os trabalhos da agricultura, foi fantástico. Foi um dia de muito trabalho e aprendizado. A interação entre as pessoas e a troca de experiências enriqueceram nossa cidade”, disse Itacir.
As estudantes Pamela Miller, Thalia Lorenzi e Bruna Del Conte fizeram parte do desenvolvimento do projeto. “A pesquisa foi feita, principalmente, a partir de conversas com as idosas da Unati (Universidade Aberta à Terceira Idade) da Unicentro. Nós reunimos os relatos e memórias delas (das mulheres) sobre a história da alimentação, e agora a nossa pesquisa foi exposta no museu para a comunidade de Guarapuava”, explicou Pamela.
A exposição contou com banners que descrevem os passos seguidos durante a pesquisa, além de objetos que demonstram a história da alimentação, como o pilão, cerâmicas, uma sopeira e panelas, por exemplo, no interior do museu. As peças que pertenceriam a uma cozinha ficaram expostas nos fundos da instituição, ao ar livre, já que, antigamente, a cozinha era vista como um ambiente sujo e, praticamente, não fazia parte das residências.
EXPOSITORES
Eloir Wunshc é motorista de caminhão aposentado e estofador (ainda na ativa). Ele coleciona objetos antigos há quatro décadas. No entanto, há cinco anos ele se dedica inteiramente a divulgar seu trabalho nas feiras da cidade. Seu acervo varia de ferramentas, utensílios domésticos, peças artísticas e brinquedos que marcaram o tempo e a vida de muitas pessoas. A variedade dos materiais comercializados faz a diferença, conforme contou.
“Há mais de quarenta anos eu trabalho com coisas antigas. Até meu carro é antigo, pois eu dirijo uma Rural 1973 que é o veículo que uso para transportar os materiais. Os clientes variam muito, pois às vezes, uma pessoa está apenas passando pela feira e vê alguma coisa que chama a atenção, então, ela para e compra. As pessoas são saudosas. Muito do que eu vendo aqui, remete à família, aos pais, avós, tios. Eu me sinto muito bem trabalhando com isso e avivando a memória das pessoas”, contou Eloir.
Belquis Terezinha Santoni produz e vende artesanatos desde criança, conforme contou. Há dois anos ela participa das feiras em Guarapuava. Além de comercializar o próprio material, ela monta kits com produtos de parceiros e isto tem alavancado suas vendas.
“Estou sempre fazendo algo em tricô e crochê. Mas eu monto kits com produtos de parceiros e isso tem me ajudado muito. Eu participo de todas as feiras da cidade. É sempre um prazer trabalhar com o povo”, destacou a artesã.
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