
Feira Solidária leva alimentos de qualidade a quase seis mil pessoas em Guarapuava
09/11/2023
Projeto realiza a troca de material reciclável por comida. Nesta quinta-feira (9), a feira foi realizada no Bairro Colibri
A Feira Solidária, projeto promovido pela prefeitura de Guarapuava, por meio das Secretarias de Agricultura, Assistência e Desenvolvimento Social (Semads) e Meio Ambiente (Semag), além da colaboração da Central de Associações Rurais de Guarapuava (Carmug), atende diretamente a mais de 5.700 pessoas em treze comunidades da cidade. Nesta quinta-feira (9), os caminhões das Secretarias foram ao Bairro Colibri para realizar a troca do material reciclável por alimentos frescos e saudáveis.
“Um dos pontos principais desse projeto é a limpeza do meio ambiente. As pessoas trazem, além do óleo usado na cozinha, todo o reciclado e algumas linhas brancas para trocar por alimentos produzidos pela agricultura familiar. As verduras e legumes são colhidos no dia anterior e chegam com extrema qualidade, não vistas em gôndolas de nenhum supermercado. É um projeto fantástico, que está tendo continuidade a partir dos investimentos que foram dobrados pelo prefeito Celso Góes”, destacou o secretário municipal de Meio Ambiente, Germano Toledo Alves.
Itacir Vezzaro, secretário municipal de Agricultura, ressaltou o caráter do projeto. “Semanalmente, em diferentes bairros ou distritos do município, realizamos, a partir da Feira Solidária, a troca de material reciclável por alimentos frescos produzidos pela agricultura familiar. Entre os produtos oferecidos, temos uma variedade de hortaliças, proteínas, pães e bolachas caseiras. É um compromisso com a sustentabilidade, a valorização dos pequenos produtores e a promoção da segurança alimentar em nossa comunidade”, disse.
Todos os alimentos distribuídos durante a feira são adquiridos pela Secretaria de Agricultura diretamente dos pequenos produtores rurais. O processo é meticulosamente organizado para garantir que os produtos cheguem às famílias com a máxima qualidade e frescor. Por isso, são colhidos logo no início do dia.
“A feira abrange cerca de 300 produtores rurais de Guarapuava. São cerca de 20 a 22 produtos comprados pelo projeto, e muitos deles são buscados no dia da entrega às famílias”, afirma Léo Acir, assessor administrativo da Carmug.
Produtor rural local, Fernando César Fernandes destaca como a feira beneficia a ele e seus colegas. “Esse sistema tem sido ótimo para mim, pois além de fornecer uma fonte de renda, atende às minhas necessidades diárias. Além disso, beneficia os moradores locais, que podem obter verduras frescas em troca de seus recicláveis. Como produtor, vejo e valorizo muito a importância desse projeto, tanto para nós agricultores quanto para a comunidade em geral”, pontua.
Ao mesmo tempo, a Secretaria de Meio Ambiente desempenha um papel crucial na coleta e reciclagem dos materiais trocado. Os resíduos são encaminhados para a Associação de Catadores de Papel de Guarapuava, onde operadores ecológicos realizam a triagem e separação. O valor obtido com a reciclagem também beneficia esses operadores, criando um ciclo sustentável.
Impacto nas comunidades locais
São cerca de 5.700 pessoas diretamente beneficiadas ao longo de 13 bairros e comunidades em Guarapuava, incluindo distritos, proporcionando não apenas alimentos frescos, mas também conscientizando a população sobre a importância da separação adequada de materiais recicláveis.
Marilda de Fátima Matos, coordenadora de campo da Secretaria de Meio Ambiente, destaca a relevância ambiental do projeto: “A partir desse projeto, na verdade, nós conseguimos limpar o meio ambiente, conscientizando o povo a separar o material reciclável e não descartar em lugares impróprios”, sublinhou.
Os moradores do Colibri expressaram sua satisfação com o projeto, destacando não apenas os benefícios alimentares, mas também os impactos positivos no visual e na preservação ambiental do bairro. Neurilda de Jesus, moradora local, falou da importância e dos benefícios do projeto. “Eu acho maravilhoso esse projeto porque antigamente, há uns quatro ou cinco anos, o nosso bairro era muito mais sujo. Hoje, o bairro é limpo. Além disso, os alimentos são de muita qualidade. Ainda mais para mim, que não posso comer coisas que não são saudáveis por problemas de saúde”, relatou
“A gente vem aqui, troca, não joga o lixo em qualquer lugar, e ainda recebe alimento bom. É ótimo.”, reforça Sônia Mara dos Santos.