
Profissionais do Call Center, Caps AD e Caps II participam de intervenção psicológica
20/07/2020
Há cerca de quatro meses, a rotina dos profissionais de saúde se intensificou, com o início da pandemia da Covid-19. Para os profissionais que trabalham com saúde mental, as demandas ficaram ainda mais desafiadoras, porque é necessário encontrar vias de oferecer tratamentos adequados aos pacientes mesmo em meio às próprias demandas psicológicas.
“Os profissionais que atuam diretamente no tratamento de transtornos mentais e abuso de álcool e drogas também precisam de cuidados específicos, então buscamos formas de oferecer essa via de acolhimento também para eles, dando suporte aos profissionais e conseqüentemente à toda população atendida dentro dos CAPS”, informou a coordenadora da Divisão de Atenção Especializada, Claudia Cunico C. Locatelli.

(Foto: Secretaria de Saúde)
Nas últimas semanas, aconteceram intervenções psicológicas em uma abordagem terapêutica chamada EMDR (sigla em inglês que significa dessensibilização e reprocessamento por meio dos movimentos oculares), que é utilizado dentre vários protocolos focados na atenção precoce e estresse traumático continuado aplicado mundialmente em situações de catástrofes.
Conduzida pela psicóloga Tania da Silva, que ofereceu o treinamento voluntariamente, a dinâmica promovida pelo comitê de saúde mental contou com a participação de médicos, psicólogos, equipe de enfermagem, assistência social, pedagogo e terapeuta ocupacional das duas unidades municipais dos CAPS (Centros de Assistência Psicossocial).
“Nosso corpo e cérebro têm capacidade de cura e uma das hipóteses de baseia nos movimentos oculares que ocorrem durante o sono REM. No entanto, quando vivemos algo muito intenso emocionalmente falando, nosso cérebro não dá conta de processar e assim, se instala o trauma ou stress pós traumático. Essa dessensibilização pode ser via auditiva, táctil ou visual. A pandemia deixou todos muito ativados, com vários momentos distintos nessa situação de stress. O objetivo desse trabalho com o grupo é dar suporte para o processamento do conteúdo emocional em tempos de pandemia, dissolvendo as situações preventivamente”, ressaltou a psicóloga.